O modelo de geração de redes fictícias GBA introduz, por meio dos conceitos de crescimento e anexação preferencial, um tipo de rede cuja distribuição do grau segue uma lei de potência. Porém, será que os dois conceitos são necessários para obtermos a lei de potência? Em outras palavras, será que apenas um ou outro dos mecanismos seria suficiente para obtermos uma rede livre de escala? Podemos testar essa ideia, modificando o modelo GBA pela retirada de um e outro conceito.
Vamos iniciar criando um modelo sem anexação preferencial, isto é, um modelo de rede apenas com crescimento. Em tal modelo, os nós vão sendo adicionados à rede e juntamente são adicionados \Delta m enlaces, porém a ligação dos novos enlaces é feita segundo uma distribuição uniforme: todo nó possui a mesma probabilidade de ser escolhido. Para facilitar nossa apresentação, chamaremos este modelo de Modelo A.
A gráfico abaixo mostra a distribuição do grau de duas redes uma gerada pelo modelo GBA (cruzes pretas) e outra gerada pelo Modelo A (círculos vermelhos). Em ambos os casos n=100000, \Delta m =3, n_0=3 e m_0 = 3.
Embora seja assimétrica, como esperado em uma rede livre de escala, pode-se observar que a cauda da distribuição do grau da rede do Modelo A decresce mais rápido do que no modelo GBA, o que caracteriza a distribuição do grau da rede gerada pelo Modelo A como uma distribuição exponencial e não uma lei de potência.
Este fato é confirmado ao observarmos os histogramas das distribuições do grau de cada modelo, mostrados abaixo. Neles observamos que o grau do Hub é muitas vezes menor no Modelo A do que no modelo GBA.
Agora criaremos o Modelo B, onde excluiremos o crescimento, deixando apenas a anexação preferencial. Assim, iniciamos com uma rede com todos os nós já dispostos e a cada iteração adicionamos \Delta m enlaces e cada um deles estará ligado a um nó i que será selecionado aleatoriamente com probabilidade \frac{d_i}{\sum{d_i}}, de modo a manter a anexação preferencial. A outra extremidade do enlace será ligada ao nó k, escolhido dentre os outros nós de forma equiprovável.
A Figura abaixo mostra a distribuição do grau de uma rede gerada pelo modelo B e outra rede gerada pelo modelo GBA. Em ambos os casos n=1000, \Delta m =3, n_0=3 e m_0 = 3.
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